Teoria da Escola de Chicago sobre o crime

Burgess afirma que a mobilidade encontra-se sempre assistida de “mudanças que implicam experiências e desenvolvimento de estímulos que são apenas conhecidos superficialmente pela personalidade de cada indivíduo. A sua vida quotidiana, nestas circunstâncias, tende a deteriorar-se, dando origem a comportamentos desviantes ” (FERREIRA, 1995) que são, obviamente, um factor de desorganização social.
Ainda a este respeito, Louis Wirth declarou que o aumento da densidade populacional faz acentuar a concentração de habitantes num espaço reduzido. Com essa concentração sempre a aumentar num espaço sempre constante, desenvolve-se a diferenciação social. Assim, a competição e a concorrência intensificam-se, fortalece-se a divisão do trabalho e reforça-se a segregação social. Além disto, os laços afectivos e sentimentais desfazem-se. Estas são mais algumas razões e/ou justificações para a existência da desorganização social.

As soluções passam por dar às comunidades degradadas outras condições de vida na tentativa de diminuição da violência, dar oportunidades de emprego aos mais velhos e actividades diversas aos mais novos para lhes incutir outros objectivos que não a via do crime para obtenção do desejado. Um plano de maior policiamento nas áreas de risco para diminuir os crimes violentos, os roubos, etc. era uma outra possível solução para tentar acabar com a ideia de impunidade dos membros dos gangs. Por fim, adoptar medidas para combater o abandono escolar era um modo de diminuir a delinquência.
Como diz Park, o comportamento humano é modelado pelas condições sociais presentes no meio físico e social. A vida colectiva resulta de um processo adaptativo da interacção entre meio ambiente e a população.

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